Exposição: FILE 10 NURBS PROTO 4KT

Agosto 2, 2009

FILE

O Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, FILE, visa a divulgação do desenvolvimento tecnológico, tendo o homem como centro da questão. A cada ano a exposição se supera em mostrar como o ser humano pode criar novas formas de interação com a tecnologia e as modelar conforme suas necessidades, sem se esquecer da simplicidade, questões estéticas e, por que não, divertidas.

Com esta edição, o FILE completa dez anos com o título FILE 10 NURBS PROTO 4KT. Cada parte do título tem sua explicação: NURBS, ou Non Uniform Rational Basis Spline, é a técnica da computação gráfica desenvolvida no século XX para representar superfícies lisas, que, de acordo com Lev Manovich, autor do texto de abertura do Catálogo do FILE deste ano, pode tornar-se juntamente com outros recursos da computação gráfica em uma nova ferramenta para a teoria cultural do século XXI; PROTO é referente a “Protomembrana“, performance do artista catalão Marcel.lí Antunez Roca, que abriu a exposição e fez parte da programação do Hipersônica Performance; e 4K é o formato de super alta definição em que o filme “Enquanto a Noite Não Chega”, de Beto Souza, será transmitido simultâneamente para Estados Unidos e Japão, tornando-a assim Transcontinental.

Mesmo que você não entenda de tecnologia irá querer ver as instalações da exposição. Luzes, sons e imagens que se formam com um simples toque, ou tudo isso combinado, é o que você irá encontrar esse ano. Longe de ser uma exposição vazia e ao mesmo tempo cheia de tecnologia, neste décimo aniversário o FILE convida o espectador a interação e eternização, deixando sua imagem fazer parte da exposição ou até criando a trilha sonora para a experiência coletiva.

Este ano literatura e cultura pop se encontram no mesmo ambiente cultural e tecnológico. A obra Drama House, de Alexandra Dementieva (Bélgica), tem como base a “Comédia Humana”, de Balzac, realista francês. Sua instalação conta oito contos interligados que reagem a uma campainha, que quando tocada, inicia a narrativa em uma das janelas. Moving Mario, de Keith Lam (China), não tenta reproduzir o jogo de Super Mario Bros, mas sim repensar a relação jogo/jogador com objetos tradicionais do jogo original. O FILE GAME também trás jogos que repensam a já tão discutida posição passiva do jogador. O diferencial é o destaque dado a jogos produzidos em nosso país, que são de grande qualidade não só gráfica, mas tecnológica e narrativa.

Quem for à exposição, que fica em São Paulo até o dia 30/08, poderá experimentar um pouco do futuro tecnológico que não está muito longe. Em sua turnê e no Tim Festival de 2007, a cantora Björk utilizou a ReacTable, mesa de som produzida em 2003 e apresentada no FILE de 2007.

Para saber mais, visite o site oficial do FILE. A exposição fica na Galeria de Arte do Sesi, Av. Paulista, 1313 das 10:00 ás19:30.


Cinema: Dorian Gray – Oliver Parker

Julho 28, 2009

Dorian Gray - 09-09-09

Mais uma adaptação de O Retrato de Dorian Gray, Oscar Wilde, para os cinemas. Essa vêm pelas mãos de Oliver Parker, que já adaptou para as telonas Othelo (1995), de Shakespeare e An Ideal Husband (1999), outra obra de Oscar Wilde.

Ben BarnesBen Barnes (Stardust (2007), The Chronicles of Narnia: Prince Caspian (2008)) interpretará Dorian, o jovem de beleza estonteante que após ter noção desta através de um quadro pintado por seu amigo Basil e pelas palavras instigadoras de Lord Henry, se perde apaixonadamente pela própria beleza e deseja do fundo de seu coração mantê-la para sempre. Forças desconhecidas tornam este desejo realidade e fazem com que seu quadro envelheça e fique  horroroso a cada “pecado” cometido, mantendo a beleza e juventude de Dorian pela eternidade.

O livro é aberto a diversas interpretações psicológicas, sexuais e sociais além de transitar pela metalinguagem. A obra já teve diversas interpretações para o cinema, sendo a última a participação do personagem principal da obra em A Liga Extraordinária (2003), vivido por Stuart Townsend.

Dorian Gray chega aos cinemas em 09 de Setembro deste ano. Veja o trailer:

O trailer dá a dica de que Oliver Parker manteve o tom sombrio e luxurioso da obra original. É esperar para ver.


Cinema: Jean Charles

Julho 13, 2009

Jean Charles

Um mês após o assassinato de Jean Charles de Menezes, em 2005, Henrique Goldman foi chamado pela BBC para dirigir um documentário sobre o ocorrido. O diretor queria dar a visão do brasileiro e a rede britânica desejava a visão policial, para amenizar os fatos, e por essas diferenças de visão o projeto foi cancelado. Goldman não desistiu e resolveu retomar o projeto do início, reescrevendo-o para a ficção, mas ainda assim com traços de documentário, chamando não atores para interpretar a si mesmos, mostrando a dureza da vida dos imigrantes. E o filme fica nessa dualidade mal resolvida, sendo ora documentário, ora ficção e a identidade do filme se perdendo a cada minuto.

Com planos chapados, sem profundidade e “cortando” a cabeça de Sidney Magal (sim, O Meu Sangue Ferver Por Você), o roteiro tenta fazer com que o espectador se identifique com a vida de Jean Charles (Selton Mello) de modo forçado, repetitivo, apelativo, fácil, chato. O protagonista é apresentado como levando a vida no “jeitinho brasileiro”, trabalhando duro e levando parentes e amigos para o exterior com passaportes ilegais com a desculpa de que não era crime, ele estava ajudando amigos a ter uma vida melhor.

A verdade é que na vida de Jean Charles não há nada especial para se armar uma grande ficção, ou um filme “inspirado em uma história real” (sic). O espectador aguarda a morte de Jean, não pela morbidez com que ela é apresentada, mas em aguardo ao final do filme. E ele não acaba com o evento. O diretor ainda prolonga o filme na tentativa de sensibilizar o espectador mostrando dias depois da morte com a visita de representantes do governo do Reino Unido visitando a família Menezes e entregando um cheque de R$60.000,00 para cobrir os “gastos funerários”, além de mostrar que a vida dos familiares que estavam com ele no exterior continuou do mesmo modo.

Sim, o caso da morte de Jean Charles, confundido com um terrorista árabe ainda está aberto. E se o diretor tivesse se focado nesse assunto, juntado seu material para fazer um documentário e não tentar uma ficção, o filme provavelmente seria bem melhor, menos cansativo. Veja o trailer logo abaixo.

Assisti a esse filme na companhia de @GUSLanzetta! Leia a crítica dele aqui.


Exposição: Gameplay

Julho 12, 2009

Ou, Itaú Cultural e Sua Grande Lan House. Pronto, defini a exposição.

Itaú Cultural

Se você gosta de videogames e deseja entender mais sobre as novas plataformas, como elas funcionam ou como é desenvolvido um jogo, e acha que suas dúvidas e curiosidades serão sanadas nesta exposição, você infelizmente foi enganado, assim como eu e o @GUSLanzetta fomos.

Os três andares em que a exposição está instalada estão recheados de jogos de PS3, Wii, Nintendo DS, jogos de PC e jogos conceito, como um jogo que mede sua pressão arterial, capta seus movimentos e não sei mais o quê, ou como funciona porque a pessoa que deveria estar ali para explicar aos visitantes não sabia explicar o jogo e/ou conceito.

Em um dos andares há uma instalação de Counter Strike, com um quadro/manifesto sobre os jogos com certo grau de violência permanecerem onde estão, no plano da diversão, explicando que a realidade é diferente do jogo e quem não entende essa linha demarcatória deve ficar longe. No outro lado da sala uma grande TV passando imagens de um grupo jogando CS e você pode ouvir todo o jogo, criando uma boa ambientação. Ao lado dessa TV há fones de ouvido. Pensei que seria a possibilidade de ouvir o ambiente de uma lan house, o hábitat natural do jogo ou alguma outra coisa. Não, era o mesmo som que você ouvia na sala. Propósito?

Uma grande máquina de arcade passando o vídeo O Encouraçado Potemkin de 1925, que é tratado como um filme genérico, pois não há nenhuma explicação do porque da escolha desse filme ou o nome do próprio filme! Os controles do arcade avançar e retroceder a imagem sem nenhum objetivo me fez ter a certeza de que a exposição é apenas uma grande lan house de férias. Muitas crianças estavam lá com seus colegas apenas para jogar. Não há quadros explicativos sobre como funcionam os jogos, ou como foram desenvolvidos. O que era esperado, pois de 7 a 9 de Agosto a exposição tem como desafio desenvolver um jogo em 48h.

Recomendo que visitem o Hot Site da exposição que está bem melhor que o espaço físico. Pelo menos há informações consistentes.

Originalmente em Rafaelnanet.wordpress.com, 11/07/2009


Cinema: Se Beber, Não Case!

Julho 12, 2009

Comédia nunca foi minha escolha no cinema. Sempre as mesmas piadas batidas com a fórmula mais batida ainda de sexo, drogas e rock. Se Beber, Não Case (The Hangover) é isso, mas apresentado de uma maneira diferente, colocando o espectador no meio de uma trama maluca sem menosprezar a inteligência dele.

Se Beber, Não Case

A história se inicia na véspera do casamento de Doug (Justin Bartha). Ele e seus padrinhos Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms) e Alan (Zach Galifianakis), o estranho irmão da noiva, resolvem fazer a típica despedida de solteiro em Las Vegas, a cidade dos cassinos e mulheres bonitas. Tudo está indo muito bem, o sogro emprestou a Mercedes de estimação para o futuro genro, então o que pode dar errado? Muita coisa! Os três padrinhos acordam com uma ressaca bravíssima e com a suíte de luxo onde estavam hospedados em completa destruição, sem saber o que aconteceu na noite anterior e com pequenos problemas para resolver como o por quê de haver um tigre no banheiro, um bebê no armário da cozinha, uma galinha ciscando por todo o lugar, e claro, a pergunta principal: Onde está Doug? É o que eles precisam descobrir no decorrer da trama para levar o amigo de volta a Los Angeles em tempo de comparecer ao próprio casamento! E o quanto mais a trama se desenrola, mais enrolados os três padrinhos ficam, chegando ao ponto de Alan levar um soco de Mike Tyson, que está muito bem no papel de si mesmo.

A dupla responsável pelo filme, que se junta pela quarta vez, o diretor Todd Phillips (Borat, Strasky & Hutch) e o produtor Daniel Goldberg, criam situações engraçadas e sem pontas soltas para o espectador sair satisfeito da sala e ficar com frases célebres na cabeça como “César realmente morava aqui nesse hotel?” além das belas imagens de Las Vegas, incluindo suas mulheres, na cabeça. E um bônus, a trilha sonora no ritmo das luzes e descontração que Vegas proporciona, pelas mãos de Christophe Beck.

Se Beber, Não Case custou US$ 35 milhões e já fez mais de US$ 204 milhões nas bilheterias americanas. O sucesso lá fora é tanto que o cineasta já está falando em rodar The Hangover 2 com todos os quatro atores principais, na primavera norte-americana de 2010.

Aqui no Brasil o filme tem previsão de estréia em 28 de Agosto. Veja o trailer do filme.

Originalmente em Rafaelnanet.wordpress.com, 11/07/2009


Literatura: Saramago e o Título Infeliz

Julho 12, 2009

saramago

Neste Domingo, 21, foi publicada a entrevista que José Saramago forneceu ao site Clarin.com a respeito de seu blog e sobre alguns dos textos deste se tornarem um livro a ser publicado em 25 deste mês em Lisboa em um encontro com blogueiros e aberto a internautas de todo o mundo (ainda sem maiores detalhes).

O problema é que o título da matéria está sensacionalista: “Con los blogs se está escreviendo más, preo peor” e no Brasil o título do G1 não ficou atrás: “Blogs fazem pessoas escrevem pior, diz José Saramago“. Assim que li o título fiquei chateado e twittei a respeito da suposta rixa que Saramago tinha contra nós, blogueiros. Erro. Deveria ter lido a matéria primeiro para depois comentar. Foi o que fiz em seguida e constatei que a história é “um pouco muito diferente” (como diria a minha avó). Vejam:

¿Hay una forma distinta de escribir para el blog (más rápido, sin tanta corrección…)?

No falta quien piense mucho para responder: “La practica del blog ha llevado a la escritura a muchas personas que antes poco o nada escribían”. Lástima que muchas de ellas piensen que no merece la pena preocuparse con la calidad de estilo de lo que se escribe. El resultado está siendo que, a la vez que se escribe más, se está escribiendo peor. Personalmente cuido tanto del texto de un blog como de una página de novela.

Saramago concorda que a blogagem deu oportunidade a pessoas que antes estavam fadadas ao silêncio ter algum tipo de voz ativa através de um blog próprio. Porém ele lamenta que muitas dessas acham que não vale a pena se preocupar com a qualidade ou estilo daquilo que se escreve, e o resultado é que quanto mais tal pessoa escreve, está escrevendo pior. Ele ainda acrescenta que pessoalmente cuida do texto que postará no blog da mesma forma como cuida de uma página de seus livros.

Para quem se interessar, o blog do escritor José Saramago é O Caderno de Saramago, que está disponível em português e espanhol e é uma ótima opção de leitura.

Saramago já não nutre um grande afeto por jornalistas e ainda dão ênfase a uma frase que sem contexto é interpretada de maneira totalmente contrária a qual ela se destina. Espero que esse caso não siga adiante. Fiquemos atentos para novidades no dia 25 a respeito do lançamento desse livro. Caso exista algum stream do evento postarei aqui o link.

Rafagoom é admirador de Saramago, apartidário e às vezes presta atenção naquilo que escreve.

Originalmente em Rafaelnanet.wordpress.com,  22/06/2009


Twitter e Sua Força Política

Julho 12, 2009

Que o Twitter inovou o modo de nos comunicarmos e de conhecer pessoas, até a revista TIME já falou. Para nós blogueiros já ficou comum ouvir que uma manifestação foi combinada no blog “tal”, mais conhecida como Flash mob, uma pequena manifestação em prol de alguma coisa. Mas o Irã está indo além.

Nas eleições deste ano, Mahmoud Ahmadinejad disputava a reeleição e Mir Hossein Mousavi era o favorito do país. Da madrugada à manhã de sábado (13/06), a população Iraniana (+-70.000.000 de habitantes, sendo +-35.000.000 entre os 25 anos de idade)  ficou sabendo que 62, 63% dos votos eram a favor de Ahmadinejad. Antes da divulgação do nome do novo presidente, Iranianos viram que o antes livre acesso a blogs, Facebook, YouTube e outros sites, fora bloqueado. E também os jornais que se opunham ao presidente eleito foram censurados. Uma forte suspeita de fraude na contagem dos votos era sentida pela população, especialmente por aproximadamente 700.000 blogueiros que ali existem. Mas como manifestá-la? É aí que o Twitter se encaixa.

Um dos poucos sites de relacionamento até então com livre acesso é o nosso amigo Twitter. Várias mobilizações estão sendo organizadas pela tag #iranelection, e também informações sobre o andamento delas. É a oportunidade de rasgar a cortina que cobre informações importantes, imposta pelo governo, e ver o que realmente está acontecendo. Claro, não sejamos ingênuos de acreditar em todas as mensagens ali publicadas, cabe a cada usuário separar o joio do trigo, por assim dizer. Mousavi já pediu a anulação das eleições para os responsáveis, mas as manifestações continuam.

Há quem, em solidariedade aos amigos blogueiros iranianos, tenha modificado o avatar do Twitter para tons de verde, cor da campanha de Mousavi e também o símbolo da esperança. Se quiser fazê-lo, neste link você encontra como.

Este post não tem nenhuma pretenção de dizer quem está certo ou errado nesta disputa política, mas sim estamos todos interessados na verdade e na importância do Twitter na busca dela. Você pode encontrar mais informações seguindo @Change_for_iran, no Flickr, no redit e no redit.tv. Fica a dica e a lição de como nós brasileiros podemos usar as ferramentas que temos livre acesso.

Veja o vídeo Iran: A Nation of Bloggers para entender a importância da informática na revolução da informação no Irã.

Originalmente em Twitcast.com.br, 18/06/2009


Cinema: Apenas o Fim

Julho 12, 2009

Apenas o Fim

Eles não são um casal convencional. Ela gosta da Nintendo e entende de Mario e Luigi. Ele, da Sony e ama Final Fantasy e Kingdom Hearts. Eles estudam cinema e hoje ele tem prova. O trabalho em dupla deverá ser deixado de lado pois ela tem outros planos. Ela vai deixá-lo.

Apenas o Fim corre o risco de ser taxado pela crítica como filme de um diretor nerd que colocou todas as referências de seus brinquedinhos em seu primeiro longa. Com certeza estão errados. A história do filme é muito mais do que um casal em final de relacionamento envolto em referências da cultura pop. Matheus Souza, 20 anos, diretor de Apenas o Fim, é um baixinho barbudo que sonha grande. Mais do que isso, realiza. Não importa os problemas que surjam.

Filmado utilizando-se da câmera digital da faculdade, que não podia sair daquele perímetro, fez com que o roteiro do filme fosse adaptado para que se passasse todo na PUC-RJ. E isso de maneira alguma empobrece o filme, muito pelo contrário. Fez com que todas as cenas fossem pensadas com muito mais carinho dando-lhes um significado maior, como confessou Matheus na pré-estréia que aconteceu hoje no Espaço Unibanco, em São Paulo. Fez com que cada cenário escolhido participasse como um ator, ou complementasse um diálogo. O que mais me marcou é quando Ela (que não tem nome) em uma parte da faculdade que está em reforma diz que vai mudar o mundo, e ele sentado embaixo de uma árvore pede para que ela não se esqueça das crianças na África. Ela está em construção. Ele já tem raízes profundas.

Gregorio Duvivier e Erika Mader estão excelentes. A naturalidade dos diálogos só pôde ser atingida pela liberdade dada por Matheus nas gravações, permitindo cacos e adaptação de falas, dando-nos diálogos críveis e uma outra visão do cinema nacional, sem cair em piadas prontas de programas de televisão ou da última banda da última semana que está fazendo sucesso naquele canal de TV. É um cinema dirigido não apenas ao público nerd ou ao público jovem (na pré-estréia estavam pelo menos umas 5 pessoas com mais de 50 anos que se divertiram com o filme e participaram do debate pós-filme). Seu convite a refletir sobre o amor o desejo e o que é um relacionamento são o que realmente importam e gritam mais alto.

O longa foi produzido em um mês com o dinheiro de uma rifa de whisky e pouquíssimos patrocínios. Os problemas orçamentários foram superados quando o filme foi apresentado a Mariza Meu Nome Não é Johnny Leão, que gostou da idéia do filme e investiu naquele aprendiz de diretor de cinema, o que rendeu o prêmio de Melhor Filme do Júri Popular, Menção Honrosa do Júri Oficial no Festival do Rio 2008 e o Prêmio de Melhor Filme do Júri Popular na 32ª Mostra de São Paulo. O filme também foi selecionado para ser exibido em festivais internacionais como Off Câmera, em Krakow, Polônia, Festival Internacional de Rotterdam – na Competição Ibero-Americana do Festival Internacional de Miami, Festival de Cinema Brasileiro em Paris, França e na Premiere Brazil, no MoMA, em Nova York.

Lógico o filme não é perfeito. Há diferenças de qualidade de cenas (Matheus explica: “Nós não sabíamos mexer na câmera!“) e um leve egocentrismo, mas nada que diminua a qualidade de seu trabalho. Estou ansioso para ver um novo filme de Matheus. E ele já disse ter duas opções. Seguir como o segundo álbum dos Strokes, ou The Killers. Eu prefiro que siga o caminho The Killers de ser e experimente novas linguagens e experimentações. Se permita continuar errando, pois no final é isso o que importa, nos ensina e faz crescer.

O filme Apenas o Fim tem data de estréia em 12/06 e será exibido em salas digitais, pois foi gravado em HD.

Originalmente em Rafaelnanet.wordpress.com, 05/06/2009


Cinema e Música: Entenda Sthefany com Hannah Montana

Julho 12, 2009

Para entender Stefhany, Hannah Montana

Acabei de assistir (não até o final) Hannah Montana – O Filme (blame @GUSLanzetta) e tinha esse post inacabado sobre a Stefhany. Por que não falar das duas coisas ao mesmo tempo aqui e agora? Lembrem-se que Hannah Montana é um personagem fictício. Neste post, uso a ficção para (tentar) entender a realidade.

Na festa YOUPIX Loading (que estava ótima) eu olhei nos olhos de Stefhany e posso dizer que inocência ali sobra. É uma garota simples que está deslumbrada com as luzes da cidade. Já Hannah Montana é (mais um) enlatado americano sobre uma  garota do interiorrr que se traveste de Hannah para cantar e curtir a vida de celebridade. Seu lema? Curtir o melhor dos dois mundos. Resumo da vida de Stefhany: Do Piauí, surgiu no YouTube e estourou na web com o hit “Eu Sou Stefhany (No Meu Cross Fox)“. Ficou conhecida como “Beyoncé do Agreste”, mas agora já a chamam de “Susan Boyle Brazuca”, porque surgiu para o público quando apareceu no Gugu dizendo que seu maior ídolo é Amado Batista.

Enquanto a jovem Miley Stewart (interpretada por Miley Cyrus) se diverte no mundo dos artistas com sua identidade secreta de Hannah e tem todo o apoio da família para não fazê-la esquecer da vida real e o que realmente importa (a saber, a simplicidade da vida é o que traz a verdadeira felicidade), Stefhany tem sua mãe, Dona Nety França, também filha do Piauí, no papel de anjo da guarda. O pai de Stefhany foi assassinado em um trágico assalto. Dona Nety faz tudo pela filha, desde suas roupas, passando pela composição de músicas e o cargo de manager. O pai de Miley é estudado e entende do “mal do mundo”, fazendo as funções de anjo da guarda da pequena Miley/Hannah. Dona Nety e Stefhany não têm tal malícia. Se você pedir pra Stefhany plantar bananeira, ela o faz.

E não. Não estou falando mal da Sté (íntimo). Eu só me questiono se essa galera toda que diz que Stefhany é demais e tals, entende que ela é uma garota simples que não tem noção do quanto canta mal e que na verdade a maioria dos seus “fãs” da cidade grande gostam dela pela bizarrice e coragem de o ser. Estou sendo realista. É inegável que a garota gosta do que faz, então que aproveite a grana que está ganhando no momento e vá estudar canto, dança, o que quiser.

Se bem que, né, o que faz sucesso mesmo, é isso. Eu gosto da menina, mesmo achando que ela não canta nada, mas até aí temos Calypso fazendo um sucesso enorme no país com Joelma nos vocais. Aprendi a conviver com isso e tenho mais essa para assimilar.

Não fiquei até o final de Hannah Montana – O Filme porque não sou o público alvo, é clichê, e a atriz que faz par romântico com o pai da Miley Stewart é a Eliana (sérião, é sósia!) e o Gus teve a idéia de fazer uma versão brasileira de Hannah Montana como Sandy no papel principal e todo o povo do sertanejo brasileiro ao seu redor. Seria assaz.

Talvez eu não entenda todo esse barulho pela Stefhany e tenha dó dela por isso mesmo. Não ser o público alvo. Mas a realidade deve ser dita. Não sei por que me deu uma vontade enorme de ouvir o álbum Sam’s Town do The Killers

Originalmente em Rafaelnanet.wordpress.com, 12/06/2009


Review: Dynasty Warriors Strikeforce – PSP

Julho 12, 2009
Gráficos bem tratados

Gráficos bem trabalhados

Lançado em Abril deste ano, Dynasty Warriors Strikeforce entraria na categoria hack and slash se não fosse por um detalhe: o que está envolvido em sua história. A KOEI, desenvolvedora do jogo, foi muito feliz em respeitar o intelecto do jogador. Tudo bem que a história é bem fraca: Resistência contra um imperador que quer tomar a China, lutadores pela liberdade o derrotam e criam uma China liberta (só no jogo mesmo). Mas tudo o que envolve isso, a maquiagem do jogo, é que te pega de jeito.

Você começa humilde com sua vila tendo o básico. Um mercado, um workshop, academia, ferraria, casa de câmbio, e depósito. Conforme vai completando as quests, que podem ser feitas mais de uma vez, você ganha auxílio de cidades vizinhas, o que permite melhorar de padrão. Isso mesmo, cada uma dessas áreas de sua vila ganham um upgrade, possuem níveis de evolução, o que significa que armas, orbes e itens em geral, ganham melhorias e até são desbloqueados novos produtos. E existem diversas armas! Como o personagem pode usar duas (arma e sub-arma), o jogo permite várias combinações!

O gráfico do jogo não é dos melhores, mas lembra muito (eu disse ‘lembra’) o

Você pode voar! Ok, mentira. Mas pode dar pulo duplo e dash no ar...

Você pode voar! Ok, mentira. Mas pode dar pulo duplo e dash no ar...

de Final Fantasy: Crisis Core. O que é um grande elogio, afinal estamos falando de um jogo sem grandes pretensões nesse campo. Eles se preocuparam tanto com os gráficos como em fazer um final diferente para cada um dos três reinados que você pode escolher para jogar!

O jogo possui um modo multiplayer co-op de até 4 jogadores. Eu ainda não experimentei, e estou louco para encontrar minha galera e testar o danado! Ainda sobre o modo multiplayer, há a promessa de poder baixar conteúdo como missões, castelos e novos desafios para o modo single pela Playstation Store.

Para nós que estávamos órfãos de um bom jogo no PSP para viciar, não precisamos mais chorar! Veja o vídeo abaixo e se anime para jogar!

Originalmente em Rafaelnanet.wordpress.com, 05/05/2009